Acordei. Enfrentei a rua, a chuva e o frio. Corri rua abaixo para não perder o comboio. Não me recordo de nenhum rosto, alienada que estou ao meu pensamento. Contei os apeadeiros, entre as linhas do jornal e o inglês do casal sentado a meu lado. Saí. Hoje como nunca senti a chuva escorrer no meu rosto. Tenho sentido tudo assim, na pele. Percorri as prateleiras com os olhos. E no final, o objecto da minha luxúria.
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Baionarena, Manu Chao